sábado, 5 de fevereiro de 2011

Encontro(s).

Lá estava o rapaz. Seu rosto delicado, com seus traços tão perfeitos, trasmitia toda sua sensibilidade. Estudante em seus 18 anos.
Lá estava a moça. Seus olhos sedutores envolviam a qualquer um, ao dançar, chamava para uma noite. O prazer lhe sustenta em seus 18 anos.

 "- Vamos garoto, a gente vai se divertir muito, você tá fazendo 18 anos, pô. Só há um lugar para comemorar. "

Os olhares se cruzam. Para ela, ele é apenas mais um. Para ele, ela, em sua perfeição, é reflexo divino.
Ele a desejava como nunca desejou alguém; seu olhar guardava mais que apenas desejo. Ela dançava não mais para todos, dançava apenas para ele, perdendo toda sua pose.
Foi a primeira noite dele. Foi mais uma noite para ela.

Uma semana passou. Dessa vez não pelos amigos, ele precisava voltar. Ela não o reconheceu.
Outra semana passou. Ela o avistou de longe, ela já conhecia suas feições. Ele lhe ofereceu uma noite diferente; longe dos palcos. Ele lhe trouxe rosas; o corpo dela seria apenas dele essa noite.

Os dias passam. Um cinema, um jantar, um pedido. Nunca mais palcos, nunca mais luzes, nunca mais cartas de apaixonados, nunca mais olhares de desejos. Com um pedido de que não lhe procurasse mais, ela deixa seu apartamento.


Saudade. Os olhares sedentos de outros homens não a satisfazem mais. Ela não encontra na cama de outros homens, o que encontrava ao lado do rapaz. A dança não é a mesma. Os palcos não a atraem como antes.


Uma ligação. Um encontro. Um bouquet.

Ele chama de destino. Ela chama de encontro. Não apenas mais um encontro, é o encontro. O último encontro, o real encontro, dentre tantos que passamos na vida.






Vou deixando no caminho, letras e canções.

 

" Quero um pouco mais; não tudo, pra gente não perder a graça no escuro. No fundo, pode ser até pouquinho, sendo só pra mim, sim... "

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